Francisco refez os passos de São João Paulo II, Bento XVI e ainda rezou em silêncio na cela de São Maximiliano Kolbe, que se ofereceu para morrer no lugar de um pai de família
Igreja News e Rádio Vaticano na JMJ
Refazendo os passos de São João Paulo II e Bento XVI, o Papa Francisco vistou nesta sexta-feira (29), a Cela 18, onde esteve São Maxiliano Kolbe. Francisco refletiu sobre o sofrimento huamano enquanto visitou os campos de extermínio de Auschwitz e Birkenau; o momento foi de muito silêncio e oração.
No Campo de Auschwitz
O santo padre percorreu a pé, o arco de ingresso com a escrita em alemão Arbeit Macht Frei (o trabalho liberta) e se dirigiu ao chamado “Bloco 11”, onde se deteve em oração silenciosa na praça diante do edifício – local em que S. Maximiliano Kolbe ofereceu a sua vida para salvar outro prisioneiro, um pai de família.
Diante do prédio, o Papa foi acolhido pela Primeira-Ministra, Beata Maria Szydlo, e cumprimentou individualmente 10 sobreviventes do campo de concentração. O último deles entregou uma vela ao Pontífice, que ele acendeu e ofereceu como dom ao local, detendo-se mais uma vez em oração diante do muro usado para o fuzilamento dos prisioneiros.
São Maximiliano
São Maximiliano Kolbe pagou a pena destinada ao pai de família, que consistia na morte lenta, através da privação de água e comida. Depois de duas semanas de agonia e diante da obstinação do franciscano em rezar e entoar hinos a Maria, o sacerdote polonês morreu por envenenamento no dia 14 de agosto de 75 anos atrás, em 1941. Na saída, o Pontífice assinou o Livro de Ouro e escreveu: "Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade".
Birkenau
Três quilômetros separam Auschwitz de Birkenau. Ao chegar na entrada principal deste segundo campo, Francisco percorreu de carro elétrico a ferrovia até a praça do Monumento às Vítimas das Nações. Ali o aguardavam cerca de mil convidados, a Primeira-Ministra e o Diretor do Museu de Auschwitz-Birkenau.
O Pontífice passou diante das lápides comemorativas nas várias línguas dos prisioneiros e depois de uma oração silenciosa, depositou uma vela. A seguir, encontrou 25 “Justos entre as nações”, isto é, pessoas não judias que receberam um reconhecimento por arriscarem suas vidas durante o Holocausto para salvar judeus do extermínio nazista. Um rabino entoou o Salmo 130 em hebraico, que depois foi lido em polonês por um sobrevivente.
Hospital pediátrico
Na parte da tarde, o Papa voltará a se interrogar sobre o mistério do mal visitando o maior hospital pediátrico da Polônia, localizado em Prokocim. Todos os anos, o hospital oferece tratamento a 30 mil crianças, além de 200 mil consultas efetuadas.