Papa Francisco irá se encontrar com crianças em Lesbos para homenagens a refugiados.

Papa Francisco irá se encontrar com crianças em Lesbos para homenagens a refugiados.

 

Vaticano criou um programa de visitas ecumênicas com a presença do lider do executivo grego, Alexis Tspiras

Igreja News e Agência Ecclesia 

O Vaticano apresentou hoje o programa da visita “humanitária” que o Papa vai fazer este sábado à ilha grega de Lesbos, que inclui um encontro com crianças, num campo de refugiados, e uma evocação das “vítimas” das migrações.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse aos jornalistas que a passagem de cinco horas pela ilha do Mar Egeu tem uma natureza “estritamente humanitária” e ecuménica, sem qualquer intenção de tomar “posições políticas”.

Francisco vai visitar Lesbos na companhia do patriarca de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu, e do arcebispo ortodoxo de Atenas, Jerónimo II.

O líder do executivo grego, Alexis Tspiras, vai receber e acompanhar o Papa em Mitilene, capital de Lesbos, às 10h20 (08h20 em Lisboa).

A comitiva segue depois para o campo de refugiados de Mória, num percurso de 16 quilómetros, ao encontro das 2500 pessoas ali hospedadas.

O encontro, com início marcado para as 11h15, prevê que os líderes religiosos cumprimentem numa grande tenda cerca de 150 menores e 250 requerentes de asilo, depois de passarem pelo pátio dedicado ao registo dos refugiados.

“Esta visita nasce da preocupação do Papa com os migrantes e refugiados”, sublinhou o porta-voz do Vaticano.

Lesbos, ilha com 90 mil habitantes, próxima da costa turca, tem sido um ponto de passagem para milhares de pessoas que procuram chegar à Europa vindas de África e do Médio Oriente.

Francisco, Bartolomeu e Jerónimo II vão discursar, pelas 12h25, antes de assinar uma declaração conjunta e de almoçar com alguns refugiados, ainda em Mória.

Os três líderes religiosos deslocam-se em seguida para o porto, onde se vão encontrar com representantes da sociedade civil e da comunidade católica, para uma sessão de homenagem às “vítimas das migrações”.

Francisco vai proferir aqui o seu segundo discurso, antes de um momento de oração com o patriarca de Constantinopla e o arcebispo ortodoxo de Atenas.

O programa prevê um “minuto de silêncio” e o lançamento de três coroas de flores ao mar, que vão ser entregues aos líderes cristãos por três crianças.

visita do Papa conclui-se com encontros privados, no aeroporto, com Jerónimo II, Bartolomeu e o primeiro-ministro Alexis Tspiras.

Francisco deixa Lesbos às 15h15 locais e o regresso a Roma está prevista para as 16h30 italianas (15h30 de Lisboa).

O Papa afirmou esta quarta-feira no Vaticano que vai visitar a ilha grega de Lesbos para manifestar “proximidade e solidariedade” aos refugiados e à população local, pedindo a oração dos fiéis por esta viagem.

Francisco vai regressar assim a uma ilha-símbolo da crise dos refugiados e migrantes que procuram chegar à Europa, depois de ter estado em Lampedusa (Itália), em julho de 2013, na primeira viagem do seu pontificado.

A Organização Internacional para Migrações (OIM) revelou que mais de 172 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa pelo mar em 2016, até ao início de abril.

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